Valor Econômico 27/07/2015
A queda dos preços do petróleo está colocando em xeque um importante projeto do presidente do Equador, Rafael Correa: uma reforma constitucional que lhe permita reeleger¬se quantas vezes quiser. Alguns analistas, além disso, já vislumbram no horizonte um risco para a estabilidade de seu governo.
Criticado por setores à direita e à esquerda em meio ao início de uma crise econômica, Correa viu sua aprovação cair vertiginosamente nos últimos meses, dificultando a tarefa de mudar a Constituição para candidatar¬se em 2017 ¬ medida que já era impopular antes do início dos problemas econômicos.
Pesquisa Cedatos/Gallup divulgada em junho mostrou a aprovação do presidente no nível mais baixo em oito anos de governo ¬ 46%. Ele terminara 2014 com 79% de aprovação. Pela primeira vez, desde 2007, quando chegou ao poder, menos da metade dos equatorianos avalia seu governo positivamente.
O banco central do Equador prevê alta de 1,9% do PIB neste ano, mas economistas locais têm dito que dificilmente o número vá superar 1%. A receita com a venda de petróleo caiu quase à metade nos primeiros cinco meses do ano, quando comparada ao mesmo período de 2014. Após onda de protestos da classe média, setores populares também marcaram manifestações para agosto.
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