Bloomberg (syndicated by Valor Econômico) 11/12/2014
O Ministério das Finanças disse ontem, em comunicado à agência Bloomberg, que pretende promover uma reforma tributária para ampliar as receitas governamentais e para acelerar os investimentos privados.
Desde 20 de novembro, quando a Assembleia Nacional (o Congresso) aprovou a proposta orçamentária do presidente Rafael Correa para o ano que vem, a cotação do petróleo Oriente, o tipo vendido pelo país, já recuou 18%. Isso fez com que o governo decidisse reduzir fundos para a construção de novas escolas e delegacias, antes de sacrificar gastos em campos petrolíferos e em projetos considerados estratégicos para a geração de receita.
Segundo o ministério, Correa, um ex-professor de economia de 51 anos, também está planejando uma visita à China em janeiro para obter novos empréstimos.
"O total previsto dessas medidas está na faixa entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão, sem financiamento adicional", afirmou o Ministério das Finanças na comunicado. O governo "vai procurar financiamento adicional caso o preço do petróleo não se estabilize durante a execução do Orçamento de 2015."
O Equador, que em 2008 deu um calote de US$ 3,2 bilhões na sua dívida externa após o petróleo cair 58%, vai perder mais US$ 2,5 bilhões no ano que vem se os preços do produto permanecerem nos níveis atuais, segundo cálculo de Siobhan Morden, analista do banco Jefferies.
Roberto Villacreses, pesquisador do Instituto de Economia Política do Equador, estima que a necessidade de financiamento extra do país pode chegar a entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões.
Notas relacionadas